O Brasil vive um momento de transição da utilização do CAD para o BIM. Durante essa fase ainda é difícil montar equipes de projeto que já trabalhem integralmente em BIM. Embora os benefícios do processo BIM sejam potencializados quanto mais integrado e completo ele seja, por vezes, durante essa fase de transição, é necessário trabalhar em um processo híbrido, no qual nem todas as disciplinas e especificações de projeto estão incorporadas no modelo BIM.
A adoção de um processo híbrido, entretanto, exige alguns pontos de atenção. Geralmente nesses processos, parte das disciplinas é desenvolvida em BIM, parte é desenvolvida em 2D e, em alguns casos, opta-se pela contratação de terceiros que não estão envolvidos na concepção do projeto e que desenvolvem modelos a partir do recebimento de informações 2D. Essa abordagem acarreta, muitas vezes, em perda de qualidade, retrabalho e aumento de prazo.
Esses problemas são gerados, pois a terceirização do modelo cria um descompasso entre a solução dada pelo projeto e a atualização do modelo. Há o risco, por exemplo, do modelo 3D não acompanhar as soluções definidas na documentação 2D ou a documentação de projeto não ser atualizada com as eventuais soluções identificadas em 3D.
Perde-se, com isso, um dos grandes benefícios do processo BIM, que é o de garantir que o projeto esteja compatível e completo.